Publicado

2020-07-01

Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica

Revolutionary Rhetoric in Linguistics: Reception of Theories and Scientific Innovation

Retóricas revolucionarias en la lingüística: recepción de teorías y novedad científica

DOI:

https://doi.org/10.15446/fyf.v33n2.79840

Palabras clave:

gramática construtural, gramática generativa, historiografia da linguística, linguística brasileira, retórica revolucionária (pt)
construction grammar, generative grammar, historiography of linguistics, Brazilian linguistics, revolutionary rhetoric (en)
gramática constructiva, gramática generativa, historiografía de la lingüística, lingüística brasilera, retórica revolucionaria (es)

Autores/as

O objetivo deste artigo é discutir a noção de revolução na história da linguística a partir da observação da retórica de linguistas circunscritos a determinadas comunidades de pesquisadores. Propõe-se uma interpretação (a partir de um quadro sociorretórico de análise em Historiografia Linguística) de dois momentos da história da linguística brasileira (considerada exemplo analítico a sustentar uma reflexão meta-historiográfica) em que linguistas advogaram por rupturas revolucionárias na ciência da linguagem. Constituem-se como material de análise: (1) a resenha de Miriam Lemle de 1967, marco da recepção brasileira à Gramática Generativa; (2) o manifesto que elaborou o programa da Gramática Construtural em 1973. Entende-se que uma análise dos posicionamentos discursivos dos cientistas permite evidenciar o humano na prática científica, muitas vezes negado, ainda que presente nas disputas intelectuais e institucionais que caracterizam o pensamento científico.

The article aims to discuss the concept of revolution in the history of linguistics from the study of the rhetoric used by linguists within certain research communities. One proposes an interpretation (from a socio-rhetoric framework of analysis in Linguistic Historiography) of two moments in the history of the Brazilian linguistics (as an analytical example to support a meta-historiographic reflection), in which linguists advocated a revolutionary rupture in the science of language. One bases the analysis on: (1) the review by Miriam Lemne in 1967, a milestone in the Brazilian reception of the Generative Grammar, (2) the manifest of the Construction Grammar in 1973. One assumes that an analysis of the discursive position of scientists helps to reveal the human component in the scientific practice, which is often denied, but is present in the intellectual and institutional arguments typical of the scientific thought.

The article aims to discuss the concept of revolution in the history of linguistics from the study of the rhetoric used by linguists within certain research communities. One proposes an interpretation (from a socio-rhetoric framework of analysis in Linguistic Historiography) of two moments in the history of the Brazilian linguistics (as an analytical example to support a meta-historiographic reflection), in which linguists advocated a revolutionary rupture in the science of language. One bases the analysis on: (1) the review by Miriam Lemne in 1967, a milestone in the Brazilian reception of the Generative Grammar, (2) the manifest of the Construction Grammar in 1973. One assumes that an analysis of the discursive position of scientists helps to reveal the human component in the scientific practice, which is often denied, but is present in the intellectual and institutional arguments typical of the scientific thought.
El objetivo de este artículo es discutir la noción de revolución en la historia de la lingüística a partir de la observación de la retórica de lingüistas circunscritos a determinadas comunidades de investigadores. Se propone una interpretación (a partir de un cuadro sociorretórico de análisis en Historiografía Lingüística) de dos momentos de la historia de la lingüística brasilera (considerada ejemplo analítico para sustentar una reflexión metahistoriográfica) en que algunos lingüistas abogaron por rupturas en la ciencia del lenguaje. Se constituyen como material de análisis (1) la reseña de Miriam Lemle de 1967, marco de la recepción brasilera de la Gramática Generativa, y (2) el manifiesto que elaboró el programa de Gramática Constructural en 1973. Se entiende que un análisis de las posiciones discursivas de los científicos permite evidenciar el humano en la práctica científica, muchas veces negado, aunque presente en las disputas intelectuales e institucionales que caracterizan el pensamiento científico.

Referencias

Altman, C. (1998). A pesquisa linguística no Brasil (1968-1988). São Paulo: Humanitas.

Back, E., & Mattos, G. (1972). Gramática construtural da Língua Portuguesa. São Paulo: ftd.

Back, E., & Mattos, G. (1973). Linguística Construtural: manifesto. Construtura. Revista de Linguística, Língua e Literatura, 1, 1-128.

Batista, R. O. (2007). A recepção à Gramática Gerativa no Brasil (1967-1983): um estudo historiográfico (tese de doutorado). Universidade de São Paulo, Brasil.

Batista, R. O. (2010). Em busca de uma história a ser contada: a recepção brasileira à Gramática Gerativa. Revista da Anpoll, 1(29), 260-291. doi: https://doi.org/10.18309/anp.v1i29.181

Batista, R. O. (2013). Uma técnica, um grupo e uma retórica: a Gramática Construtural na história da linguística brasileira. Revista Letras, 87, 39-66. doi: https://doi.org/10.5380/rel.v87i1.32039

Batista, R. O. (2015). Retórica de ruptura e descontinuidades nas ciências da linguagem: um estudo pela Historiografia da Linguística. Confluência, 49, 119-141. doi: https://doi.org/10.18364/rc.v1i49.100

Batista, R. O. (2018). História da linguística e retórica revolucionária. Lingüística, 34(2), 145-168.

Batista, R. O. (2019a). Historiografia da Linguística e um quadro sociorretórico de análise. Em R. O. Batista. (org.). Historiografia da Linguística (pp. 81-113). São Paulo: Contexto.

Batista, R. O. (org.). (2019b) Historiografia da Linguística. São Paulo: Contexto.

Borges Neto, J. (2004). Ensaios de Filosofia da Linguística. São Paulo: Parábola.

Gross, A. G. (1990). The Rhetoric of Science. Cambridge: Harvard University Press.

Harman, P. M. (1995). A revolução científica. São Paulo: Ática.

Harris, R. A. (1993). The linguistic wars. New York-Oxford: Oxford University Press.

Joseph, J. E. (1995). The structure of linguistic revolutions. Historiographia Linguistica, xxii(3), 379-399. doi: https://doi.org/10.1075/hl.22.3.07jos

Koerner, E. F. K. (1999). The concept of ‘revolution’ in linguistics: historical, methodological, and philosophical issues. Em E. K. K. Koerner, Linguistic Historiography: Projects & Prospects (pp. 85-96). Amsterdam: John Benjamins. doi: https://doi.org/10.1075/sihols.94.05koe

Kuhn, T.S. (2000[1962]). A estrutura das revoluções científicas (B. V. Boeira, & N. Boeira, trads.). São Paulo: Perspectiva.

Lemle, M. (1967). Um novo estruturalismo em linguística: Chomsky. Tempo Brasileiro, 15/16, 55-69.

Marcondes, D. (2016). Textos básicos de filosofia e história das ciências: a revolução científica. Rio de Janeiro: Zahar.

Murray, S. O. (1994). Theory groups and the study of language in North America. Amsterdam: John Benjamins. doi: https://doi.org/10.1075/sihols.69

Swiggers, P. (2019). Historiografia da Linguística: princípios, perspectivas, problemas. Em R. O. Batista (Org.). Historiografia da Linguística (pp. 45-80). São Paulo: Contexto.

Ziman, J. (1979[1968]). O conhecimento público (R. R. Junqueira, trad.). Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Universidade de São Paulo.

Cómo citar

APA

de Oliveira Batista, R. (2020). Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica. Forma y Función, 33(2), 41–61. https://doi.org/10.15446/fyf.v33n2.79840

ACM

[1]
de Oliveira Batista, R. 2020. Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica. Forma y Función. 33, 2 (jul. 2020), 41–61. DOI:https://doi.org/10.15446/fyf.v33n2.79840.

ACS

(1)
de Oliveira Batista, R. Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica. Forma. func. 2020, 33, 41-61.

ABNT

DE OLIVEIRA BATISTA, R. Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica. Forma y Función, [S. l.], v. 33, n. 2, p. 41–61, 2020. DOI: 10.15446/fyf.v33n2.79840. Disponível em: https://revistas.unal.edu.co/index.php/formayfuncion/article/view/79840. Acesso em: 19 abr. 2024.

Chicago

de Oliveira Batista, Ronaldo. 2020. «Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica». Forma Y Función 33 (2):41-61. https://doi.org/10.15446/fyf.v33n2.79840.

Harvard

de Oliveira Batista, R. (2020) «Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica», Forma y Función, 33(2), pp. 41–61. doi: 10.15446/fyf.v33n2.79840.

IEEE

[1]
R. de Oliveira Batista, «Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica», Forma. func., vol. 33, n.º 2, pp. 41–61, jul. 2020.

MLA

de Oliveira Batista, R. «Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica». Forma y Función, vol. 33, n.º 2, julio de 2020, pp. 41-61, doi:10.15446/fyf.v33n2.79840.

Turabian

de Oliveira Batista, Ronaldo. «Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica». Forma y Función 33, no. 2 (julio 1, 2020): 41–61. Accedido abril 19, 2024. https://revistas.unal.edu.co/index.php/formayfuncion/article/view/79840.

Vancouver

1.
de Oliveira Batista R. Retóricas revolucionárias na linguística: recepção de teorias e novidade científica. Forma. func. [Internet]. 1 de julio de 2020 [citado 19 de abril de 2024];33(2):41-6. Disponible en: https://revistas.unal.edu.co/index.php/formayfuncion/article/view/79840

Descargar cita

CrossRef Cited-by

CrossRef citations0

Dimensions

PlumX

Visitas a la página del resumen del artículo

354

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.