<b>Pichações: discursos de resistência conforme Foucault</b> - doi: 10.4025/actascilangcult.v33i2.13864

  • Eliane Marquez da Fonseca Fernandes Universidade Federal de Goiás
Palavras-chave: Discurso, genealogia, poder, reação

Resumo

Este artigo tem o objetivo de observar como as práticas de pichação vêm alterando os discursos neste início de século. Delineamos nosso trabalho a partir da perspectiva filosófico-histórica de Foucault com enfoque específico na fase dos estudos sobre o poder em seu eixo genealógico. Partimos do pressuposto de que o poder não tem apenas uma face visível do aspecto econômico e político, impondo leis e normas, num controle social. Entendemos que a questão do poder está numa relação de forças em que o sujeito nem sempre aceita a regulação passivamente e desencadeia gestos de resistência. Se o poder instituído controla as publicações e as práticas urbanas nas ruas, pichar torna-se uma forma de contrapoder e resistência. A sociedade também reage a esse tipo de invasão que tem uma visibilidade pública e tenta impedir a “sujeira” dos muros e paredes. Como forma de proteção os pichadores fazem inscrições cifradas e, também, inserem uma voz de protesto contra uma sociedade controlada. Se ao início a prática pichadora era uma resistência política e depois uma forma de demarcação de território e de demonstração de ousadia, percebemos hoje o surgimento de uma preocupação socioeconômica. Em nossa base teórica tomamos Foucault (1995, 2003, 2010).

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Biografia do Autor

Eliane Marquez da Fonseca Fernandes, Universidade Federal de Goiás
Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás, onde é Professora de Língua Portuguesa e Linguística.
Publicado
2011-08-08
Como Citar
Fernandes, E. M. da F. (2011). <b>Pichações: discursos de resistência conforme Foucault</b&gt; - doi: 10.4025/actascilangcult.v33i2.13864. Acta Scientiarum. Language and Culture, 33(2), 241-249. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v33i2.13864
Seção
Linguística

 

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