O reconhecimento de si na narrativa: a projeção do eu como outro em Boyhood, de J. M. Coetzee
Resumo
Este trabalho investiga as formulações de identidade no campo literário erigidas pelo reconhecimento de si alcançado pela práxis narrativa. Tal problema é formulado a partir da obra Boyhood, de J. M. Coetzee (1997). A analítica do objeto literário será focalizada a partir da constituição do eu projetado no discurso por meio da construção da figura ficcional. Assim, busca-se observar como a projeção discursiva do eu como um outro implica um percurso de reconhecimento que é a base da conformação da identidade do personagem. Em uma abordagem fenomenológico-hermenêutica, recorre-se a Paul Ricoeur e Phillip Lejeune a fim de elaborar a teorização necessária para dar cabo da proposta investigativa; bem como as ideias de Walter Benjamin sobre narração e experiência. Desse modo, apoiadas na discussão teórica articulada à análise literária, as reflexões indicam para o enquadramento da narrativa como forma de organização e transmissão da experiência e espaço privilegiado para o reconhecimento de si e, por extensão, meio constituinte da identidade.
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