Open Journal Systems

PHYTOGEOGRAPHY AND FLORISTICS OF THE ARBOR COMPONENT IN UNIÃO DO VEGETAL TERRITORIES INTENDED FOR THE CULTIVATION OF BANISTERIOPSIS CAAPI AND PSYCHOTRIA VIRIDIS IN RONDÔNIA

Julien Marius Reis Thevenin, Regina Helena Rosa Sambuichi

Resumo


The territorial expansion of Amazonian religions that make ritual use of Ayahuasca / Hoasca, in Rondônia, has been associated to the maintenance of forested areas and recovery of degraded areas associated with the cultivation of Banisteriopsis caapi [(SpruceexGriseb.) CV Morton] and Psychotria viridis (Ruiz & Pav.) in agroforestry systems (SAFs). The present research had as objective to carry out the floristic survey and to analyze the composition and structure of the arboreal component of the forest fragments and agroforestry of territorial areas of União do Vegetal, one of the Hoasca religious matrices, in each phytoecological region of its comprehension in Rondônia. For this, non-probabilistic samples were performed on 08 rural properties in the delimited territory. In the selected areas, disjoint plots of 50 x 20 m (0.1 ha) were plotted, totaling 23 plots and 2.3 ha of area sampled, and then phytosociological parameters were calculated in the FITOPAC 2.1 application. Floristic surveys and phytosociological parameters presented satisfactory results regarding the conservation of phytodiversity in these areas according to the phytoecological region in which they are found. The occurrence of species in the Near Threatened and Vulnerable (VU) status by RedList shows the importance of these territories to conservation. In the case of samples in cultivated areas of the ritual species, these results were superior to other Agroforestry Systems, and in 75% of the samples better than the own areas of forest destined to the Legal Reserve of the same property.


Palavras-chave


Ayahuasca; Hoasca; Território religioso; Amazônia; Conservação.

Referências


ALMEIDA, L. S. de; GAMA, J. R. V.; OLIVEIRA, F. de A.; CARVALHO, J. O. P.; GONÇALVES, D. C. M.; ARAÚJO, G. C. Fitossociologia e uso múltiplo de espécies arbóreas em floresta manejada, Comunidade Santo Antônio, município de Santarém, Estado do Pará. Acta Amazonica, Manaus, v. 42, n. 2, p. 185-194, 2012.

ANDERSON, W.; DAVIS, C. Generic adjustments in neotropicalMalpighiaceae. University of Michigan Herbarium, Ann Arbor, n. 25, p. 137- 166, 2007.

BAAR, R.; CORDEIRO, M. R.; DENICH, M.; FOLSTER, H. Floristic inventory of secondary vegetation in agricultural systems of East-Amazonia. Biodiversity and Conservation, v. 13, n.3, p. 501-528, 2004.

BENTES-GAMA, M. de M.; LEAL, G. S.; BARROS, J. de O.; LOPES, R. H.; LÓPEZ, G. F. Z.; SILVEIRA, J. C. da. Características da estrutura de uma floresta de terra firme em Porto Velho, Rondônia. Circular Técnica Embrapa, n. 109, p. 1-7, 2009.

BERNARDINO-COSTA, J.; SILVA, F. M. da. Construindo o mundo da hoasca: a organização da União do Vegetal. In: BERNARDINO-COSTA, J. (Org.). Hoasca: ciência, sociedade e meio ambiente. Campinas, SP: Mercado de letras, 2011. p. 21-42.

CAIN, S. A.; CASTRO, G. M. O. Manual of vegetation analysis. New York: Harper & Brothers, 1959.

CARIM, S.; SCHWARTZ, G.; SILVA, M. F. F. da. Riqueza de espécies, estrutura e composição florística de uma floresta secundária de 40 anos no leste da Amazônia. Acta. Bot. bras., v. 21, n. 2, p. 293-308, 2007.

FELFILI, J. M.; SILVA-JÚNIOR, M. C.; REZENDE, A. V.; HARIDASAN, M.; FILGUEIRAS, T. S.; MENDONÇA, R. C.; WALTER, B. M. T.; NOGUEIRA, P. E. O projeto biogeografia do bioma cerrado: hipóteses e padronização da metodologia. In: GARAY, I.; DIAS, B. Conservação da biodiversidade em ecossistemas tropicais. Petrópolis: [s.n.], 2001, p. 157-173.

FERREIRA JÚNIOR, E. V.; SOARES, T. S.; COSTA, M. F. F. da; SILVA, V. S. M. e. Composição, diversidade e similaridade florística de uma floresta tropical semidecíduasubmontana em Marcelândia – MT. Acta Amazonica, v. 38, n. 4, p. 673-680, 2008.

GAMA, J. R. V.; BOTELHO, S. A.; BENTES-GAMA, M. M. Composição florística e estrutura da regeneração natural de floresta secundária de várzea baixa no estuário amazônico. Revista Árvore, v. 26, n.5, p. 559-566, 2002.

GATES, B. Banisteriopsis, Diplopterys (Malpigiaceae). Flora Neotropica, Monograph 30, p. 1-126, 1982.

HOPKINS, M.J. G. Modelling the known and unknown plant biodiversity of the Amazon basin. Journal of Biogeography, v. 34, p. 1400-1411, 2007.

HUBBEL, S. P. The united neutral theory of biodiversity and biogeography. University Press, Princeton, 2001.

HUBBEL, S. P. Neutral theory and the evolution of ecological equivalence. Ecology, v. 87, p. 1397-1398, 2006.

HUBBEL, S. P.; FOSTER, R. B. Commonness and rarity in a neotropical forest: implications for tropical tree conservation. In: SOULE, M. E. (Ed.). Conservation biology: the science of scarcity and diversity. Sinauer, Sunderland, 1986. p. 205-231.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de dados Estados@. Disponível em: . Acesso em: 10 de ago. 2012a.

________.Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro, Manuais técnicos em Geociências, n. 1, 2012b.

INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Projeto PRODES: Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. Disponível em: . Acessoem: 25 de abr. 2019.

IUCN. International Union for Conservation of Nature. Red List Categories and Criteria Version 3.1. Cambridge, Species Survival Commision, Washington. Disponívelem: . Acessoem: 15 dedez. 2016.

KNIGHT, D. H. A phytosociological analysis of species-rich tropical forest on Barro, Colorado Island, Panama. Ecological Monographs, v. 45, p. 259-28, 1975.

LIMA JÚNIOR, G. A.; CRUZ, G. M.; BARBOSA, J. B.; GOMES, T. D. Composição florística do componente arbóreo em um trecho de floresta ombrófila aberta no município de Porto Velho, Rondonia. In: ANAIS DO 64º CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA. Belo Horizonte, 2013.

LUNA, L. E. Vegetalismo: Shamanism among the mestizo population of the Peruvian Amazon. Estocolmo, Almquist and Wiksell International, 1986.

METZGER, J. P. Estrutura da paisagem e fragmentação: Análise bibliográfica. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 71, n. 3-1, p. 445-463, 1999.

MORO, M. F.; MARTINS, F. R. Método de Levantamento do Componente Arbóreo-Arbustivo. In: FELFILI, J. M. et al. (Orgs.). Fitossociologia no Brasil: Métodos e estudos de casos. V. 1. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2011. p. 174-212.

MOSER, P. Vegetação arbórea e sua relação com fatores ambientais e espaciais em florestas de terra firme no noroeste de Rondônia, Brasil. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Universidade de Brasília – UNB, Brasília.

MUELLER-DOMBOIS, D.; ELLEMBERG, H. Aims and methods of vegetation analysis. New York: Wiley, 1974.

NEGRELLE, R. R. B. Espécies raras da Floresta Pluvial Atlântica? Biotemas, v. 14, n. 2, p. 7-21, 2001.

OLIVEIRA, A. A. Inventários quantitativos de árvores em matas de terra firme: histórico com enfoque na Amazônia Brasileira. Acta Amazônica, v. 30, p. 543-567, 2000.

OLIVEIRA, A. N.; AMARAL, I. L. Florística e fitossociologia de uma floresta de vertente na Amazônia central, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, v. 34, n. 1, p. 21-34, 2004.

OLIVEIRA, F. P. M.; JARDIM, M. A. G. Composição florística de uma floresta secundária no município de Igarapé-Açu, estado do Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Série Botânica, v. 14, n. 2, p. 127-144, 1998.

PEDLOWSKI, M.; DALE, V.; MATRICARDI, E. A criação de áreas protegidas e os limites da conservação ambiental em Rondônia. Ambiente e Sociedade, n. 5, p. 93-107, 1999.

RIBEIRO, J. E. L. S.; HOPKINS, M. J. G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C. A.; COSTA, M. A. S.; BRITO, J. M.; SOUZA, M. A. D.; MARTINS, L. H. P.; LOHMANN, L. G.; ASSUNÇÃO, P. A. C. L.; PEREIRA, E. C.; SILVA, C. F.; MESQUITA, M. R.; PROCÓPIO, L. C. Flora da Reserva Ducke: guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Manaus, INPA/ DFID, 1999b.

RIBEIRO, R. J.; HIGUCHI, N.; SANTOS, J.; AZEVEDO, C. P. Estudo fitossociológico nas regiões de Carajás e Marabá - PA, Brasil. Acta Amazonica, v. 29, p. 207-222, 1999a.

RODRIGUES, F. Q. Composição florística, estrutura e manejo de sistemas agroflorestais no vale do rio Acre, Amazônia, Brasil. 2005. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais) – Universidade Federal do Acre – UFAC, Rio Branco.

RONDÔNIA. Governo do Estado. Zoneamento Socioeconômico Ecológico do Estado de Rondônia. Porto Velho: SEDAM, 2000.

SCHILLING, A. C.; BATISTA, J. L. Curva de acumulação de espécies e suficiência amostral em florestas tropicais. Revista Brasil. Bot., v. 31, n. 1, p. 179-187, 2008.

SILVA, A. S. L.; LISBOA, P. L. B.; MACIEL, U. N. Diversidade florística e estrutura em floresta densa da bacia do rio Juruá - AM. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Botânica, v. 8, n. 2, p. 203-258, 1992.

SILVA-JÚNIOR, M. C. Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata de galeria do Pitoco, na Reserva Ecológica do BGE, DF. Cerne, v. 11, n. 2, p. 147-158, 2005.

SILVA-JÚNIOR, M. C. Comparação entre matas de galeria no Distrito Federal e a efetividade do código florestal na proteção de sua diversidade arbórea. Acta Botânica Brasílica, v. 15, n. 1, p. 139-146, 2001.

SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseada em AGP II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2005.

VIEIRA, A. H.; MARTINS, E. P.; SILVEIRA, A. L. P. da; PEQUENO, P. L. Fitossociologia de um fragmento florestal na Região de Machadinho d’ Oeste, RO. Porto Velho: Embrapa, Boletim de Pesquisa e desenvolvimento, v. 9, 2002.

YARED, J.A.G.; COUTO, L.; LEITE, H.G. Diversidade de espécies em florestas secundária e primária, sob efeito de diferentes sistemas silviculturais, na Amazônia Oriental. Revista Árvore, v. 24, p. 83-90, 2000.

YOUNG, A.; BOYLE, T.; BROWN, T. The population genetic consequences of habitat fragmentation for plants. Trends in Ecology and Evolution, v.11, p. 413-418, 1996.

ZEIDE, B. Plot size optimization. Forest Science, Washington, v.26, p. 251-57, 1980.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v49i0.67208